Conexão entre a negligência e o abuso infantil e as principais causas de mortalidade em adultos.
- Rosiene Souza
- 2 de jul. de 2023
- 2 min de leitura

Nossas experiências na infância moldam nossas vidas de maneira profunda e, por vezes, as cicatrizes do passado podem ter efeitos duradouros em nossa saúde e bem-estar. O Estudo de Experiências Adversas na Infância (ACE) lança luz sobre a relação entre abuso infantil, disfunção doméstica e as principais causas de morte em adultos. Essa pesquisa inovadora destaca a importância de compreender e abordar essas experiências para promover vidas mais saudáveis para todos. O Estudo explorou os efeitos a longo prazo de experiências adversas durante a infância. Ele examinou várias formas de trauma, incluindo abuso físico, abuso emocional, negligência, violência doméstica e outras experiências adversas na infância. As descobertas são impressionantes e provocativas. Elas revelam uma correlação significativa entre os abusos e as principais causas de morte em adultos. Essas experiências adversas podem ter um impacto profundo na saúde mental, aumentando o risco de depressão, ansiedade e até mesmo tendências suicidas. Além disso, estão fortemente associadas ao desenvolvimento de doenças crônicas, como doenças cardíacas, câncer, diabetes e doenças respiratórias. Compreendendo os Mecanismos: O Estudo ACE nos ajuda a compreender os mecanismos pelos quais o trauma na infância e a disfunção doméstica contribuem para a mortalidade em adultos. Experiências traumáticas na infância podem interromper o desenvolvimento saudável e deixar efeitos biológicos e psicológicos duradouros. Elas podem alterar os sistemas de resposta ao estresse, comprometer a função imunológica e levar a mecanismos de enfrentamento pouco saudáveis, como o abuso de substâncias. Com o tempo, esses fatores podem aumentar significativamente o risco de desenvolver doenças graves. Assim, é importante ressaltar que a prevenção e a intervenção adequadas podem fazer a diferença. Ao criar um ambiente seguro, estável e amoroso para as crianças, podemos ajudar a reduzir a incidência de abuso infantil e disfunção doméstica, além de promover um futuro mais saudável e feliz para todos.
Referência: FELITTI et al., 1998; FELITTI et al., 2019



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